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Como deve ser a segurança e a saúde na era do trabalho a partir de qualquer lugar?

  • Foto do escritor: Juliana Dias
    Juliana Dias
  • 25 de out. de 2024
  • 2 min de leitura

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Em 2022, 18% dos trabalhadores na Europa trabalhavam principalmente a partir de casa, enquanto outros 17% trabalhavam remotamente a partir de outros locais, como instalações de clientes, locais ao ar livre ou espaços públicos – uma mudança possibilitada pelo aumento da digitalização.


As ferramentas de colaboração virtual, as plataformas baseadas na nuvem e outros avanços tecnológicos permitiram que os trabalhadores desempenhassem as suas tarefas a partir de uma variedade de locais, mas embora estas ferramentas digitais ofereçam novas oportunidades para monitorizar remotamente o bem-estar dos trabalhadores, garantir a conformidade com a segurança e ministrar formação, também colocam novos desafios em matéria de segurança e saúde no trabalho (SST) para os trabalhadores remotos.


À medida que esta transformação prossegue, é essencial que as organizações adaptem as suas estratégias de SST para fazer face aos riscos e oportunidades do trabalho em ambientes remotos, salvaguardando a segurança e a saúde dos seus trabalhadores


Oportunidades oferecidas pelo trabalho remoto e híbrido para a SST

Uma das principais vantagens é a flexibilidade oferecida por estes modelos, que permitem aos trabalhadores gerir os seus horários e ambientes de trabalho, o que pode melhorar o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal e reduzir os níveis de stress.


A eliminação dos deslocamentos pendulares para quem trabalha a partir de casa reduz a exposição a acidentes rodoviários e à poluição, ao mesmo tempo que deixa mais tempo para atividades de bem-estar pessoal.


As tecnologias digitais também permitem retirar os trabalhadores de ambientes perigosos ou nocivos, uma vez que as tarefas que anteriormente eram executadas presencialmente, expondo o trabalhador a riscos, podem agora ser realizadas à distância, como no caso da manutenção de equipamentos industriais. As modalidades de trabalho à distância e híbrido também podem permitir às empresas aceder a uma reserva de talentos mais alargada, contribuindo para uma força de trabalho mais diversificada e, potencialmente, para práticas de trabalho mais inclusivas.


Além disso, há numerosos exemplos de setores, como a educação, a saúde e os serviços profissionais, que fizeram com êxito a transição para o trabalho híbrido, mantendo a produtividade e melhorando simultaneamente a segurança e a saúde dos trabalhadores por meio de melhores configurações ergonômicas e de horários de trabalho flexíveis.


Desafios e riscos de SST nos modelos de trabalho remoto e híbrido

As questões ergonômicas são uma grande preocupação, uma vez que muitos trabalhadores não dispõem de postos de trabalho à distância adequados, o que conduz a um aumento das perturbações musculoesqueléticas (MSD).


O estilo de vida sedentário prolongado, comum nestes ambientes, contribui para problemas cardiovasculares, enquanto os riscos psicossociais, como o isolamento e a desconexão devido a uma menor interação social, agravam os problemas de saúde mental, como a ansiedade.


Além disso, o trabalho à distância e o trabalho híbrido introduzem novos riscos, como o stress e o esgotamento relacionados com a utilização extensiva de tecnologias de trabalho à distância (o chamado “tecnoestresse”), ou o enjoo relacionado com a utilização de tecnologias de realidade virtual ou aumentada.


Os constantes avanços tecnológicos exigem também uma reciclagem contínua, o que aumenta o stress para aqueles que têm de utilizar a tecnologia sem as competências necessárias. Por último, a conectividade omnipresente no trabalho à distância suscita preocupações quanto à vigilância digital, corroendo a privacidade e contribuindo para pressões adicionais sobre a saúde mental.


 
 
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