Maioria dos acidentes de trabalho causa afastamentos curtos
- Juliana Dias

- 2 de mai.
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O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), por meio da Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT), apresentou dados atualizados sobre os acidentes de trabalho registrados no Brasil em 2024, com base nas informações de 2023. Em 2024, o Brasil registrou um total de 724.228 acidentes de trabalho. Desses, 74,3% foram acidentes típicos, 24,6% acidentes de trajeto e apenas 1% referem-se a doenças ocupacionais, o que revela a grande dificuldade em reconhecer as doenças relacionadas ao trabalho.
Os dados também indicam que a maioria dos acidentes (61,07%) resultou em afastamentos de até 15 dias. Outros 27,01% não geraram afastamento, e apenas 11,91% resultaram em afastamentos superiores a 15 dias. Além disso, a análise aponta uma concentração de acidentes em determinados estados e destaca setores e profissões mais vulneráveis, como a construção civil, o transporte e a saúde.
Os dez principais Códigos Nacionais de Atividade Econômica (CNAEs) com o maior número de registros de acidentes de trabalho incluem atividades ligadas à indústria, obras de infraestrutura, atendimento hospitalar e comércio. Essas mesmas áreas também lideram os casos de afastamentos prolongados e de óbitos. Quanto às partes do corpo mais afetadas, as mãos, os braços e as pernas estão entre as mais atingidas. A CNAE é a classificação utilizada para identificar as atividades econômicas desenvolvidas por empresas e trabalhadores no Brasil, com finalidade fiscal, estatística e de fiscalização.
Durante a apresentação, especialistas ressaltaram a importância do Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho (SST) do MTE na criação de ambientes de trabalho mais seguros. A área atua com rigor na fiscalização, desenvolve ferramentas modernas de prevenção, capacita constantemente auditores-fiscais e orienta a sociedade sobre práticas seguras. O objetivo é construir uma cultura de prevenção que promova ambientes mais seguros, melhore a qualidade de vida no trabalho e contribua para uma sociedade mais justa e igualitária.
Fonte: MTE



