OMS classifica burnout como condição de saúde ocupacional
- Juliana Dias

- 28 de mai.
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O reconhecimento da síndrome de burnout como fenômeno ocupacional pela Organização Mundial da Saúde (OMS) entrou em vigor no Brasil na primeira semana de 2025. A condição, que causa sintomas como esgotamento físico e mental em decorrência de situações relativas ao trabalho, já era motivo de afastamento e aposentadoria no país.
O Brasil ocupa a segunda posição no ranking mundial de casos de burnout, e cerca de 30% das pessoas ocupadas no país sofrem com a condição mental, conforme dados da Associação Nacional de Medicina do Trabalho (Anamt).
Especialistas observam que a medida admite a real existência do burnout no meio laboral e reforça a responsabilidade das empresas sobre o tema. Com esta mudança, as empresas precisarão se debruçar sobre o assunto, revendo a forma como lidam com metas e cobranças feitas aos colaboradores, para que as entregas aconteçam sem ignorar a saúde mental, que passa a ser prioridade até mesmo para garantir que os colaboradores tenham condições de executar suas funções.
Na prática, será necessário incorporar novas ações nos processos de gestão de pessoas, com atenção individualizada. O modo como cada colaborador lida com os desafios na empresa precisa ser observado. Ignorar isso pode criar ambientes desfavoráveis e comprometer não apenas a produtividade, mas também a saúde mental da equipe.
Monitorar os níveis de satisfação e comparar o volume de tarefas com a capacidade de entrega do colaborador em determinado tempo é fundamental. A viabilidade dessa relação tem impacto direto na construção de um ambiente 'anti-burnout'.
Fonte: Terra



