Um olhar cuidadoso para o universo do trabalho
- Juliana Dias

- 2 de mai. de 2024
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A atividade laboral faz parte da vida dos seres humanos desde sua existência, seja na forma mais artesanal, seja na industrial. Assim como houve a evolução do sujeito no mundo, os diversos tipos de trabalho também sofreram influências ao longo da história.
Se calcularmos o tempo dispensado para o trabalho, logo vamos perceber que as pessoas passam boa parte da vida realizando tais atividades. Por isso, a psicóloga Kethe de Oliveira Souza defende que é necessário direcionar um olhar cuidadoso para tudo o que desenvolvemos no universo do trabalho.
Segundo ela, quando crianças, somos questionados sobre o que queremos ser quando crescer – e muitas são as respostas, na maioria das vezes, motivadas pelo desejo dos próprios pais ou por uma relação afetuosa com alguém que serve como inspiração naquele momento. Não é incomum o desejo da futura profissão estar associado a dinheiro e status. Ou seja, no mundo da fantasia, o “ter” pode se sobressair ao prazer de exercer uma determinada atividade.
Hoje já temos um discurso concorrente a esse, pois fala-se muito em uma relação de equilíbrio na qual o prazer e a manutenção da saúde mental prevaleçam na escolha da atividade profissional. Para a psicóloga, exercer atividades que nos estimulem, que nos deixem felizes e realizados, não deveria ser um tema tão distante da realidade. Para isso, todos precisam ter clareza do que querem, das atividades que geram prazer, obviamente atrelado à remuneração, que é algo necessário para todos.
As condições que podem gerar qualquer doença relacionada ao trabalho são levadas em consideração há longo tempo. As comissões de prevenção a acidentes (Cipas), nas empresas, são exemplos disso. Sua formação é uma exigência do Ministério do Trabalho, mas elas costumam receber apoio das organizações para o desenvolvimento de atividades diversas relacionadas à prevenção.
Outro exemplo é a preocupação com a saúde mental, que já fazia parte dos temas abordados por essas comissões, mas passou a ganhar força durante a pandemia de Covid. Seguir as orientações de segurança estabelecidas para o desenvolvimento de cada atividade é uma responsabilidade individual (do trabalhador) e coletiva (da empresa).
Fonte: O Debate



